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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Exposição Homenageia Ilustrador Brasileiro

Lanzellotti não é só recordação, é exposição também!



Vejam só meus amigos, que vitória conseguimos!!!!
Quero aqui, nesta página do Blogspot, expressar minha felicidade e gratidão aos amigos e colegas e familiares, que tem me apoiado neste ideal.
Começando por meu amigo Desenhista e Cartunista Leandro Gonçalez de Ourinhos - ( http://www.desenhogoncalez.blogspot.com)
e que atualmente se encontra na cidade de Bauru - SP. Onde conseguiu essa oportunidade para a tão esperada exposição a meu pai.
A exposição será realizada entre o dia 16 e 30 de novembro na Gibiteca Municipal Aucione Torres Agostinho, em Bauru, SP. Vai de segunda a sexta, das 8h ás 17h e, aos sábados, das 8h ás 12h.
Leandro, muito obrigada mesmo!!!!! Muitas vezes Obrigada!!!!
Agradeço também ao nosso amigo "Manoel Souza", editor da revista Mundo dos Super Herois, que foi muito gentil e carinhoso em colocar essa chamada falando sobre meu pai, e divulgando a exposição.( pg. 07 do nº 23 - setembro/outubro de 2010)
Muitíssimo obrigada Manoel!!!!
Você é uma grande figura!
tenho também a colaboração e carinho de meu grande amigo artista plástico, desenhista Evandro Rocha de BH. ( http://www.aprayforadalei.blogspot.com ) que veio de Belo Horizonte para São Paulo, para me conhecer e ajudar a separar o material da exposição, com toda a sua boa vontade e disposiçaõ!
Obrigada Evandro, meu grande amigo!!!
Você mora dentro do meu coração.
Quanto ao meu amigo Ulisses Pinto Azeredo - BA- Itiúba - do site Nostalgia do Terror ( http://www.nostalgiadoterror.com ), que todos já conhecem, por tanto ele estar sempre presente, sempre me acompanhando e insentivando, não tenho palavras de como agradecer tanto carinho e dedicação. Amo meu amigo!!!
Obrigada Ulisses!!! Sempre muito obrigada!
Fábio Silva, meu querido amigo de Bragança Paulista - SP - ( http://www.fgstudio.fotoblog.uol.com.br ), sempre tão bem humorado e divertido, e disposto a ajudar e colaborar. Obrigada !!! valeu meu amigo!!!
Quero sempre te agradecer muito por tudo.
E Cesar HQ e Cia, que tem me dado tanta atenção e ajuda, além de estar torcendo por mim tbm. Obrigada meu querido!!!! O dinheiro não compra essas coisas. E nem tem a venda!!!! Te agradeço de coração!!!
E com muita emoção agradeço a meu marido Francisco Carlos, Xikinho para os íntimos e meus três queridos filhos. João Michel, Vinícius e Mariana. Pelo apoio e pela compreensão!!!! Amo vocês!
Todos!! Todos os meus amigos, desenhistas, todos os que me recebem com tanto carinho e boa vontade !!!
Todos aqueles que me apoiam!!!!
Fica aqui o meu "Muito Obrigada" de dentro do meu coração!!! Pois acho que por uma boa causa, meu pai merece esse carinho de todos, por ter dado tanto dele ao nosso país, o Brasil!
Pai, obrigada por seu trabalho e Parabéns!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Um pouco sobre a vida de José Lanzellotti

José Lanzellotti, filho de Bartholomeu Lanzellotti e Filomena Lanzellotti. Nascido em 21 de julho de 1926 na cidade de SãoPaulo - Capital. Viajou por todo o Brasil em pesquisa folclóricas e das raízes culturais do nosso povo. Em 1949, (19 anos) fez parte da expedição Roncador Xingu, com os irmãos Vilas Boas, de onde resultou vários trabalhos de análise e documentação de cultura indígena. Autor de diversos livros sobre o assunto de etnologia.
Desenhista, pintor, escultor, cenógrafo, figurinista de teatro companhias cinematográficas e televisão, trabalhou e colaborou em diversas editoras. Participou também de exposições de pintura.
Sua vida e sua obra foi amplamente divulgada em estensa reportagem na revista Manchete em 12/06/71, cognominando de " Debret Nacional do SéculoXX". Pág. 90 a 94 ( nº 999 da Manchete)
Seu nome consta nos melhores dicionários de artístas plásticos, assim como: Dicionário do Mec em 4 volumes, dicionário de Roberto Pontual, dicionário de P.M. Bardi, Mestres da ilustração de Jayme Cortez, The world encyclopedia of comic - Maurice Horn, 1977. Historia de Los Comics -
facículo 44 - texto de Alvaro de Moya - Tautain Editores, 1982. Enciclopédia dos Quadrinhos - Goida - L&PM Pocket Editores.
Dentre suas realizações podemos mencionar:
"Índios e Arte Indígena" documentário de etnologia com 150 desenhos a cores;
O roteiro do filme "Canta Brasil" (desenho animado)
"O este abandonado"; documentário da vida cabocla desenhada a cores, com 100 pranchas;
"Trajes típicos do Brasil", documentário a cores com 120 pranchas;
"Antologia ilustrada do Folclóri Brasileiro", com 640 desenhos em preto e branco.
Ilustrou o Atlas de Educação Moral e Cívica do Ministério da Educação e Cultura Jarbas Passarinho.
Lanzellotti se apresentou ao publico, em exposição organizada em São Paulo pelo escritor Afonso Schmidt. O mesmo encantado com os desenhos, definiu Lanzellotti numa frase, onde defini a idéia do valor de seus trabalhos: -" Ele é o Debret do Século XX".
Suas pranchas foram divulgadas em luxuoso albúm patrocinado pelo conselho estadual de Cultura de São Paulo.
Expôs os seus desenhos, documentários na antiga galeria Lotis Seavers, de São Paulo.
E além dos documentários, ele era pioneiro da história em quadrinhos em nosso pais, tendo criado o personagem Raimundo o cangaceiro que acabou sendo transformado em figura mitologica no sertão, a ponto de Vitalino reproduzi-lo em bonequinhos de barro que se vendiam rapidamente na feira popular de Caruaru, Pernanbuco.
Tal como Debret, sua obra tem valor artístico, hitórico, etnológico e folclórico.
Participou em abril /2000 da exposição "Senhores da Terra" no museo histórico e Pedagógico "India Vanuire" de Tupã.
Haverá uma exposição em 16 de novembro de 2010 na Gibiteca de Bauru "Aucione Torres Agostinho" Av. Nacões Unidas, 8 -9 fone 3235 1312. Uma homenagem que sua filha Jussara Lanzellotti com ajuda do artista Plástico Leandro Gonçalez, esta organizado com diversos trabalhos realizados por Lanzellotti.
José Lanzellotti morreu assassinado em sua residencia em São Paulo, em 12 de junho de 1992.

domingo, 15 de agosto de 2010

Questão de Coerência


Lanzellotti fala em amor ao Brasil, para explicar seu interesse pelas manifestações de nossa cultura.
- Não é esse patriotísmo que faz ficar arrepiado diante da bandeira brasileira, mas apenas uma questão de coerência. Dos nossos 400 anos de formação, da contribuição dos indios, dos negros dos portugueses, resultaram características que são só nossas. A propria situação geográfica e climática impõe um tipo de cor e de luminosidade que não é comparável à de outros países.
Para ele, todos os artistas deviam levar em conta esses fatos, a fim de serem autênticos. "Já temos uma literatura brasileira, e música também. Só nas artes plásticas é que isso ficou a desejar. Então, quis dar minha contribuição".
Matéria do Jornal "Ultima Hora" caderno dois - SP. 13 de dezembo de 1.974 - Pag. 09

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Artes Aplicadas


O interesse de José Lanzellotti pelo regionalismo e pela cultura brasileira em geral repercutiu em diversas áreas de atividade. Não só na documentação - através dos desenhos - e na criação - pela pintura - como também na aplicação em coisas funcionais. Ele introduziu motivos de inspiração nacional em lenços de cabeça, gravatas, folhinhas e cartões de natal. E criou uma estória em quadrinhos com herói brasileiro. Em vez de super-homem voador, como os que faziam sucesso na época - por volta de 1940 -, a personagem principal de sua estória era o cangaceiro Raimundo.
Ao visitar, um dia, a feira de Caruraru, deteve-se diante de um tabuleiro de cerâmicas, para admirar os bonequinhos de barro. Havia, entre eles, uma série de cangaceiros - Lampião, Corisco, e vários outros. Mas o que chamou a atenção foi ver que um deles chamava-se Raimundo. Intrigado foi indagar sobre a origem do nome, com o próprio ceramista - José Rodrigues - e descobriu que se tratava de fato do herói de sua estória em quadrinhos.
Lanzellotti recorda esse episódio como um dos mais gratificantes de sua vida.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um estilo Brasileiro


Um estilo Brasileiro

Depois de documentar, com seus desenhos, os tipos físicos, os trajes, as danças, os utensílios etc, de cada região que visitou, convencionou-se da necessidade de se criar um estilo brasileiro na pintura. " Estava cansado de todos os ismos e estilos importados que nada tinham a ver com nosso tropicalismo e com a nossa maneira de ser".

Seu objetivo era mostrar na pintura "um ponto de vista estético de nosso povo".

"Porque até na postura, na maneira de andar, o brasileiro tem uma personalidade muito caractirística".

Lanzellotti explica melhor seu propósito:

Eu não iria propriamente criar um estilo, mas desenvolvê-lo, a partir de manifestações populares. Fazer dessas manifestações arte de erudição, como fez Villa Lobos nas Bachianas.
A proposta, entretanto, não vingou. E Lanzellotti cita, entre os motivos que contribuiram para seu fracasso, a "adversidade do meio" e a "incompreensão dos marchands e donos de galerias".
Com seu trabalho de documentação - cerca de 450 desenhos, ele obteve, pelo menos, reconhecimento. Afonso Schmidt considerou-o um "autêntico Debret". Mas isso não bastou para que ele conseguisse ter seu trabalho divulgado.

- Tentei bastante. passei muitas horas em ante-salas e corredores de secretarias, e ouvi sempre a mesma coisa: não há verba.

Enfim, uma comissão de professores constituida por iniciativa do Governo do Estado, da qual faziam parte Alceu Maynard Araújo e Rossini Tavares de Lima, entre outros, examinou seu trabalho. E considerou-o sério, útil e de alto nível.
Por isso, uma parte dos desenhos - a metade deles - foi adquirida pelo conselho Estadual da Cultura.As pranchas restantes só sairam das gavetas recentemente, para se transformarem nos facículos "Brasil, Costumes e Lendas". Esgotada a primeira edição, de 80 mil exemplares, já foi lançada a segunda e, futuramente, poderá haver outras.

sábado, 7 de agosto de 2010

Gente do Mundo



Lendo Mário de Andrade e Monteiro Lobato, José Lanzellotti teve sua atenção despertada para o problema da despersonalização do intectual brasileiro. Cansado das tendências e movimentos importados, quis criar um estilo brasileiro de pintura, depois de doze anos de viagem pelo País.
JOSÉ LANZELLOTTI : "meu campo é o regionalismo" , Lanzellotti não tinha mais do que dezoito anos, quando ouviu dizer que Orlando Villas boas precisava de um desenhista, para a expedição do Roncador-Xingu. Foi o quanto bastou para ele sair de casa e se embrenhar pelo mato.
Ao se inscrever, foi aceito com relutância. Os responsáveis pela expedição duvidaram um pouco da resistência do rapaz, criado na cidade. Mas ele fincou pé: Sou maior e vacinado", argumentou.
Passou quatro meses entre os indios, até que, um belo dia, contraiu a maleita. Como não queria confirmar a suspeitas iniciais do pessoal da expediçaõ, tentou, durante algum tempo, esconder a doença, mas acabou sendo embarcado, de volta a São Paulo, num DC-3 do corrêio Aéreo Nacional.
Mais tarde, tornou a viajar, mas sozinho e por conta própria. E viajou muito - foram doze anos de andanças pelo Brasil, das quais José Lanzellotti voltou com firmes determinações na cabeça.